A turbulência financeira pode ser sentida em toda a economia mundial, mas, em alguns países, ela é sentida mais fortemente do que em outros. Portugal é um desses lugares. A nação Ibérica tem lutado com problemas financeiros desde a crise de 2008, e a economia ainda não se recuperou totalmente. Agora, com o surgimento do furacão da crise causado pelo COVID-19, a economia portuguesa - assim como muitas outras em todo o mundo - está experimentando uma nova onda de instabilidade que tem muitos indivíduos e empresas locais se perguntando como sobreviver.

A instabilidade econômica tem muitas facetas, mas uma das que afeta diretamente muitas pessoas é o crédito. Em condições normais, o crédito pode ser uma ferramenta útil para alcançar objetivos financeiros, mas em tempos de crise, ele pode ser problemático. Quando o crédito se torna escasso ou caro, os indivíduos e empresas podem ter dificuldade em lidar com suas despesas, ou podem ficar presos em dívidas que não conseguem pagar. Por esta razão, é importante compreender como o crédito pode tornar-se um campo minado em tempos de crise e estratégias que podem ajudar a minimizar o impacto.

A primeira e mais simples estratégia geral é simplesmente evitar a dívida. Isto pode parecer óbvio, mas pode ser difícil de seguir quando a economia está frouxa ou quando as empresas oferecem descontos tentadores para aqueles que pagam a crédito. No entanto, a evasão de dívida pode ser uma boa maneira de proteger-se em tempos de crise. Ao limitar as despesas e evitar a tomada de empréstimos, os indivíduos e empresas podem proteger-se de parcelas financeiras inesperadas.

A segunda estratégia é ser cuidadoso na seleção dos credores, tanto no caso de pessoas físicas, como empresas. Quando o crédito é um recurso escasso, alguns credores podem tentar aproveitar-se da situação para aplicar termos injustos. Antes de se engajar em uma transação de crédito, é importante ler cuidadosamente os termos do empréstimo e entender exatamente o que está sendo oferecido. Também é importante ter uma ideia clara da saúde financeira do credor, como a sua margem de lucro, histórico de inadimplência e liquidez. Evitar credores instáveis ou aqueles com um histórico de abuso pode ajudar a minimizar o risco.

A terceira estratégia é desenvolver um orçamento apertado que leve em conta as circunstâncias da crise. Em tempos normais, as pessoas podem se sentir à vontade com um orçamento ligeiramente solto. Mas em períodos em que a economia está instável, um orçamento rigoroso pode ser a diferença entre a sobrevivência e o fracasso financeiro. Os indivíduos e empresas devem ser cuidadosos para traçar metas realistas e levar em conta as possibilidades de um revés financeiro que possa ameaçar seus negócios ou o equilíbrio financeiro familiar.

A quarta e mais importante estratégia é aperfeiçoar sua habilidade de gestão de dinheiro em termos gerais. Em tempos de crise, os gerenciamentos de organizações que conseguem sobreviver e até prosperar tendem a ser aqueles que sabem como mover-se de maneira rápida entre oportunidades financeiras. Isso pode incluir saber quando entrar em um mercado em baixa ou selecionar investimentos de alto risco que parecem apresentar um alto potencial de retorno. Também é importante ter habilidade em análise financeira, antecipar as tendências dentro do contexto em que se está inserido e ajustar-se rapidamente a mudanças nas condições financeiras.

Por fim, é importante lembrar que em tempos de crise financeira, a soberania financeira de um país pode estar em risco. Neste caso, pode-se questionar medidas severas de austeridade, a demissão em massa, aumento de impostos e outros movimentos extremos para reorganizar as finanças nacionais. Quando a economia está frágil, as pessoas e os negócios são vulneráveis a mudanças que podem prejudicar sua qualidade de vida. Nesse sentido, é fundamental lutar pela manutenção de seus direitos e interesses e cobrar posicionamentos coerentes de seus representantes políticos.

Em suma, a crise financeira pode gerar momentos de tensão e dificuldades financeiras para muitas pessoas e empresas. No entanto, compreender como os perigos do crédito podem ser minimizados é um passo importante para lidar com a situação em tempos de incerteza. Usando uma combinação de cuidado, análise financeira, bolso apertado e cuidado ao selecionar credores, a tempestade do crédito pode ser restringida e os indivíduos e empresas podem garantir sua sobrevivência financeira, superando o Furacão da Crise.